Total de visualizações de página

sábado, 15 de fevereiro de 2020



O QUE É AUTOAMOR?

O autoamor é o sentimento de autoconfiança e de auto respeito por nós mesmos. Quando temos um autoamor elevado nos sentimos adequados e merecedores de felicidade, e de tudo de melhor que a vida poderá nos proporcionar. Quanto maior o autoamor mais bem preparados estaremos para lidar com as adversidades da vida.
Autoamor atrai amor, bons e saudáveis relacionamentos, saúde, vitalidade e não haverá lugar para vazios existenciais.
Existirá alegria pelo simples fato de existir, de acordar pela manhã e ter a possibilidade de estar animando o meu corpo e viver mais um dia de trabalho, agradecidos por tudo o que somos e temos.
O autoamor é o que penso de mim mesmo, não o que o outro pensa de mim.
Onde há um autoamor elevado, o outro é tratado com respeito, benevolência e boa vontade. O outro não é visto como ameaça. O auto respeito é base para o respeito pelo outro.
Na falta de autoamor nos sentimos inadequados ou errados com a vida, muitas culpas, incertezas e medos. Ou podemos ter um autoamor mediano, ora nos sentimos adequados e confiantes e ora inadequados, inseguros com a vida e novas situações.
Com as crianças se elas forem encorajadas e treinadas para o autoamor, com certeza serão adultos autoconfiantes e mais preparados para a vida. Sempre importante tomarmos cuidado com frases negativas para com os pequenos como: - você não vai conseguir, - não sabe fazer nada mesmo, você é muito burro, não aprende...entre outras frases incutidas nas suas cabecinhas que irão dificultar o seu auto respeito e confiança.
Porém quando nos tornamos adultos, agora a vida depende só de nós, e ainda que a infância não tenha sido das melhores podemos fazer diferente e não nos tornarmos vítimas e nos auto mutilarmos com conceitos negativos de nós mesmos.
Desenvolver o autoamor é ampliar a nossa capacidade de ser feliz.
Nós responderemos aos acontecimentos da vida, tanto os negativos como os positivos, de acordo com a visão íntima que temos de nós mesmos. Seremos afetados em todos os aspectos da vida como no trabalho, no amor, no progresso material ou no nosso proceder como pais.
Portanto, a autoestima é a chave do êxito ou do fracasso. (Branden, Nathaniel 1995)
Entusiasmo sempre em alta acreditando no seu potencial (Entu do grego significa que tem Deus dentro de si).
Autoconfiança é como uma lanterna. Por mais escuro que esteja ela o ajudará a achar o caminho. (Mark Twain)

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta, Palestrante
Consultora de pais na orientação dos filhos.






terça-feira, 11 de fevereiro de 2020


VÍNCULO MÃE E BEBÊ



Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração. Crianças que recebem carinho podem ter cérebros mais saudáveis.
Carinho é amor, é dedicação, é atenção, é contato físico de afeto. Amor e carinho não é poupar o bebê ou a criança de tudo, não é fazer por ele o que ele pode fazer sozinho, nem poupa-lo de adversidades que irão ocorrer para que consiga se fortalecer para o seu enfrentamento durante o crescimento nas várias etapas da vida.
No último trimestre da gestação, é alta a produção dos hormônios estrogênio e progesterona que preparam a mãe para cuidar do bebê. Esta é a natureza divina agindo no preparo do vínculo com o bebê e o instinto materno.
O hormônio ocitocina é considerado o hormônio do amor, que é produzido na hora do parto e na amamentação e liberado no abraço, beijo e no contato de carinho.
Segundo a neurocientista Suzana Herculano Houzel, nas crianças de até os 3 anos de idade, a massa encefálica está em crescimento, e esta fase é determinante para o seu bom funcionamento. O cérebro sozinho, quando o bebê não recebe carinho, não se desenvolve.
O vínculo materno é prevenção contra doenças como ansiedades e transtornos de comportamentos na vida adulta.
Em abrigos para crianças que as mães não têm condições de cuidar dos seus bebês, eles são nutridos, trocados regularmente, mas não cuidados verdadeiramente. Os cuidadores têm muitas crianças para olharem e não formam vínculos afetivos até por conta da rotatividade de bebês que entram e saem para a adoção ou retorno às suas famílias. Na verdade seria necessário 1 cuidador para cada criança, ou cada 2 crianças para poderem dar conta, e esta não é uma realidade. Na maioria dos casos se percebe a angustia e tristeza nos olhos daquelas crianças.
O cordão umbilical embora cortado no nascimento, continua como se ainda existisse, com a mesma ligação com a mãe até os 6 ou 7 meses de idade, como se fosse continuidade do corpo da mãe. O vínculo afetivo é passaporte para a criança se desenvolver e se tornar independente.
As mães precisam voltar ao trabalho ou as suas atividades que são inerentes à vida que levam. É ai que o bebê tem que estar confortável e seguro, mesmo longe dela. O acolhimento cria confiança, como se existisse um cordão invisível sempre presente mesmo que o filho esteja distante da mãe.
O homem é humanizado justamente por conta do vínculo afetivo. Se a mãe não estiver ligada de uma maneira consistente, afetiva e espontânea ao bebê, ele não terá uma boa formação psíquica.

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta e Palestrante