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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020


VÍNCULO MÃE E BEBÊ



Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração. Crianças que recebem carinho podem ter cérebros mais saudáveis.
Carinho é amor, é dedicação, é atenção, é contato físico de afeto. Amor e carinho não é poupar o bebê ou a criança de tudo, não é fazer por ele o que ele pode fazer sozinho, nem poupa-lo de adversidades que irão ocorrer para que consiga se fortalecer para o seu enfrentamento durante o crescimento nas várias etapas da vida.
No último trimestre da gestação, é alta a produção dos hormônios estrogênio e progesterona que preparam a mãe para cuidar do bebê. Esta é a natureza divina agindo no preparo do vínculo com o bebê e o instinto materno.
O hormônio ocitocina é considerado o hormônio do amor, que é produzido na hora do parto e na amamentação e liberado no abraço, beijo e no contato de carinho.
Segundo a neurocientista Suzana Herculano Houzel, nas crianças de até os 3 anos de idade, a massa encefálica está em crescimento, e esta fase é determinante para o seu bom funcionamento. O cérebro sozinho, quando o bebê não recebe carinho, não se desenvolve.
O vínculo materno é prevenção contra doenças como ansiedades e transtornos de comportamentos na vida adulta.
Em abrigos para crianças que as mães não têm condições de cuidar dos seus bebês, eles são nutridos, trocados regularmente, mas não cuidados verdadeiramente. Os cuidadores têm muitas crianças para olharem e não formam vínculos afetivos até por conta da rotatividade de bebês que entram e saem para a adoção ou retorno às suas famílias. Na verdade seria necessário 1 cuidador para cada criança, ou cada 2 crianças para poderem dar conta, e esta não é uma realidade. Na maioria dos casos se percebe a angustia e tristeza nos olhos daquelas crianças.
O cordão umbilical embora cortado no nascimento, continua como se ainda existisse, com a mesma ligação com a mãe até os 6 ou 7 meses de idade, como se fosse continuidade do corpo da mãe. O vínculo afetivo é passaporte para a criança se desenvolver e se tornar independente.
As mães precisam voltar ao trabalho ou as suas atividades que são inerentes à vida que levam. É ai que o bebê tem que estar confortável e seguro, mesmo longe dela. O acolhimento cria confiança, como se existisse um cordão invisível sempre presente mesmo que o filho esteja distante da mãe.
O homem é humanizado justamente por conta do vínculo afetivo. Se a mãe não estiver ligada de uma maneira consistente, afetiva e espontânea ao bebê, ele não terá uma boa formação psíquica.

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta e Palestrante




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