Total de visualizações de página

sexta-feira, 10 de julho de 2020

EDUCAR PARA FELICIDADE - Filhos com saúde integral



 LIVRO- EDUCAR PARA A FELICIDADE
Filhos com saúde integral

Prefácio de José Renato Nalini - Reitor da UNIREGISTRAL, docente da UNINOVE, Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS e foi Secretário da Educação do Estado de São Paulo de 2016 à 2018.

Vendas: (11)96507-7698 ou e-mail: marlydejane@gmail.com - Valor: 30,00 + frete

A educação dos filhos para a felicidade é um treino para uma vida melhor, mais plena de autoamor, de disciplina, de cuidados, de atitudes positivas, de estudo, de autoconhecimento, de bons exemplos, de exercícios saudáveis, de equilíbrio e do desejo do bem maior no meu "lar" e em toda a humanidade.




sábado, 15 de fevereiro de 2020



O QUE É AUTOAMOR?

O autoamor é o sentimento de autoconfiança e de auto respeito por nós mesmos. Quando temos um autoamor elevado nos sentimos adequados e merecedores de felicidade, e de tudo de melhor que a vida poderá nos proporcionar. Quanto maior o autoamor mais bem preparados estaremos para lidar com as adversidades da vida.
Autoamor atrai amor, bons e saudáveis relacionamentos, saúde, vitalidade e não haverá lugar para vazios existenciais.
Existirá alegria pelo simples fato de existir, de acordar pela manhã e ter a possibilidade de estar animando o meu corpo e viver mais um dia de trabalho, agradecidos por tudo o que somos e temos.
O autoamor é o que penso de mim mesmo, não o que o outro pensa de mim.
Onde há um autoamor elevado, o outro é tratado com respeito, benevolência e boa vontade. O outro não é visto como ameaça. O auto respeito é base para o respeito pelo outro.
Na falta de autoamor nos sentimos inadequados ou errados com a vida, muitas culpas, incertezas e medos. Ou podemos ter um autoamor mediano, ora nos sentimos adequados e confiantes e ora inadequados, inseguros com a vida e novas situações.
Com as crianças se elas forem encorajadas e treinadas para o autoamor, com certeza serão adultos autoconfiantes e mais preparados para a vida. Sempre importante tomarmos cuidado com frases negativas para com os pequenos como: - você não vai conseguir, - não sabe fazer nada mesmo, você é muito burro, não aprende...entre outras frases incutidas nas suas cabecinhas que irão dificultar o seu auto respeito e confiança.
Porém quando nos tornamos adultos, agora a vida depende só de nós, e ainda que a infância não tenha sido das melhores podemos fazer diferente e não nos tornarmos vítimas e nos auto mutilarmos com conceitos negativos de nós mesmos.
Desenvolver o autoamor é ampliar a nossa capacidade de ser feliz.
Nós responderemos aos acontecimentos da vida, tanto os negativos como os positivos, de acordo com a visão íntima que temos de nós mesmos. Seremos afetados em todos os aspectos da vida como no trabalho, no amor, no progresso material ou no nosso proceder como pais.
Portanto, a autoestima é a chave do êxito ou do fracasso. (Branden, Nathaniel 1995)
Entusiasmo sempre em alta acreditando no seu potencial (Entu do grego significa que tem Deus dentro de si).
Autoconfiança é como uma lanterna. Por mais escuro que esteja ela o ajudará a achar o caminho. (Mark Twain)

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta, Palestrante
Consultora de pais na orientação dos filhos.






terça-feira, 11 de fevereiro de 2020


VÍNCULO MÃE E BEBÊ



Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração. Crianças que recebem carinho podem ter cérebros mais saudáveis.
Carinho é amor, é dedicação, é atenção, é contato físico de afeto. Amor e carinho não é poupar o bebê ou a criança de tudo, não é fazer por ele o que ele pode fazer sozinho, nem poupa-lo de adversidades que irão ocorrer para que consiga se fortalecer para o seu enfrentamento durante o crescimento nas várias etapas da vida.
No último trimestre da gestação, é alta a produção dos hormônios estrogênio e progesterona que preparam a mãe para cuidar do bebê. Esta é a natureza divina agindo no preparo do vínculo com o bebê e o instinto materno.
O hormônio ocitocina é considerado o hormônio do amor, que é produzido na hora do parto e na amamentação e liberado no abraço, beijo e no contato de carinho.
Segundo a neurocientista Suzana Herculano Houzel, nas crianças de até os 3 anos de idade, a massa encefálica está em crescimento, e esta fase é determinante para o seu bom funcionamento. O cérebro sozinho, quando o bebê não recebe carinho, não se desenvolve.
O vínculo materno é prevenção contra doenças como ansiedades e transtornos de comportamentos na vida adulta.
Em abrigos para crianças que as mães não têm condições de cuidar dos seus bebês, eles são nutridos, trocados regularmente, mas não cuidados verdadeiramente. Os cuidadores têm muitas crianças para olharem e não formam vínculos afetivos até por conta da rotatividade de bebês que entram e saem para a adoção ou retorno às suas famílias. Na verdade seria necessário 1 cuidador para cada criança, ou cada 2 crianças para poderem dar conta, e esta não é uma realidade. Na maioria dos casos se percebe a angustia e tristeza nos olhos daquelas crianças.
O cordão umbilical embora cortado no nascimento, continua como se ainda existisse, com a mesma ligação com a mãe até os 6 ou 7 meses de idade, como se fosse continuidade do corpo da mãe. O vínculo afetivo é passaporte para a criança se desenvolver e se tornar independente.
As mães precisam voltar ao trabalho ou as suas atividades que são inerentes à vida que levam. É ai que o bebê tem que estar confortável e seguro, mesmo longe dela. O acolhimento cria confiança, como se existisse um cordão invisível sempre presente mesmo que o filho esteja distante da mãe.
O homem é humanizado justamente por conta do vínculo afetivo. Se a mãe não estiver ligada de uma maneira consistente, afetiva e espontânea ao bebê, ele não terá uma boa formação psíquica.

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta e Palestrante




sexta-feira, 31 de janeiro de 2020


DISCIPLINA POSITIVA PARA CRIANÇAS- JANE NELSEN

Os pais e educadores da atualidade estão sempre estudando novos métodos e técnicas de educação para as crianças. Porém é importante lembrar que nenhuma técnica irá superar o envolvimento de amor e atenção aos pequenos. Somando-se ao amor, qualquer método poderá acrescentar muito no relacionamento entre pais, filhos ou educadores, fortalecendo os laços da família.
Jane Nelsen, é doutora em educação e mãe de 7 filhos, terapeuta de casais e família e é autora de 18 obras sobre o método da disciplina positiva que foi baseada na filosofia de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs, ao qual vou descrevê-lo pois me pareceu um meio termo entre o punitivo e o permissivo.
Esta disciplina defende o uso de ferramentas de educação que são gentis e firmes e que ensinam habilidades sociais e de vida.

A disciplina positiva sugere aos pais:
- É perigoso para as crianças quando os adultos fazem muito por elas;
- superprotegem;
- não passam muito tempo com elas;
- fazem a lição de casa por elas;
- compram muitas coisas para elas;
- dão broncas constantemente;
- exigem, gritam e depois as tiram de apuros;
A base para uma autoestima saudável é quando as crianças desenvolvem a crença de que “Eu sou capaz”.
Para que isto aconteça, elas precisam treinar a busca de soluções e desenvolver habilidades por si sós, para praticarem o que os pais esperam delas, e se sentirem capazes. A autoestima é fundamental para o sucesso em quaisquer empreitadas da vida.

Para se entender os conceitos da disciplina positiva, vou descrever abaixo as suas bases:
- Compreensão dos 4 objetivos do mau comportamento;
- Gentileza e firmeza ao mesmo tempo;
- Respeito mútuo;
- Erros são oportunidades de aprender;
- Responsabilidade social;
- Reuniões de família e de classe;
- Envolvimento das crianças na solução de problemas;
- Encorajamento.

Muita gentileza sem firmeza pode se tornar permissividade, e muita firmeza sem gentileza pode se tornar rigidez excessiva.
Com o método da disciplina positiva, muitos pais e educadores conseguiram mudar os comportamentos indesejáveis das crianças que causam estresse e mal estar, nas infindáveis vezes que os pais costumam gritar, ameaçar e punir todos os dias por não conseguirem resultado quando pedem para guardar os brinquedos, hora de estudar, de tomar banho de dormir entre outras atividades do dia a dia.
Vale lembrar que a velha e eterna “paciência” para consigo mesmo e para com as crianças será ferramenta fundamental, pois a mudança de velhos hábitos é lenta. Como também o bom humor e o perdão, neste processo de aprendizagem.
Segundo a autora: “Quando tratamos as crianças com dignidade e respeito, e quando lhes ensinamos valiosas habilidades de vida para o desenvolvimento de um bom caráter, elas irão disseminar a paz no mundo”.
Quem desejar conhecer mais, a autora tem vários livros com muitos exemplos práticos do dia a dia. Vale muito a pena.

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta, Palestrante, Consultora para pais.







segunda-feira, 27 de janeiro de 2020


UMA COISA DE CADA VEZ  – ESTAR NO INSTANTE PRESENTE

Nos tempos de hoje onde a tecnologia nos possibilita fazer tudo muito rápido e várias coisas ao mesmo tempo, estamos conectados o tempo todo com várias coisas, situações e pessoas, mas desconectados de nós mesmos.
Estamos sempre tentando abraçar muitas coisas ao mesmo tempo, não posso perder tempo, porém o tempo é limitado, não estou sentindo o tempo neste instante, fico disperso, distraído, e a vida passa sem que eu possa sentir seu verdadeiro valor, sem que eu esteja presente neste instante. Esta incapacidade de viver o momento e de estar presente no momento causa perda do meu centro, uma insatisfação constante com o que se está vivendo.
Esta é uma doença bastante disseminada no mundo contemporâneo, o vazio existencial crônico.
No transtorno de personalidade Borderline, este é um dos seus fortes sintomas.
Colocamos nas nossas vidas muitas coisas que são irrelevantes, sem peso. É necessário separar o que tem peso, pois diariamente muitas coisas se lançam sobre nós e somos esmagados quando queremos assumir tudo, sem diferenciação do que é importante ou não.
O que é essencial na minha vida agora?
Estou indo de encontro comigo mesmo, com minha essência interior, com o meu propósito de vida? Com meu verdadeiro ser?
A nossa essência é permanente, não se pode mudar, é o que faz com que sejamos nós mesmos, e isto é o que importa na nossa vida. Nos leva a harmonia e equilíbrio.
“A vida é uma batalha entre o essencial e uma tempestade de ideias frívolas” (Santo Agostinho)
Por não viver o tempo presente não temos relação conosco mesmos, temos necessidade de estímulos cada vez mais fortes para nos sentirmos. Por exemplo, quando vamos fazer uma viagem de férias temos que ir a lugares cada vez mais longínquos, ou modalidades esportivas mais radicais para sentir a vida.
O contato consigo mesmo nos faz sentir intensamente num simples passeio no mato, o barulho das aves e as árvores. Sentir-se parte da criação, acolhido, apoiado, valioso e vivo.
Este também é o caminho do cuidado consigo mesmo, onde desenvolvemos a atenção em tudo que existe na criação de Deus. Este é o início de um processo em que passo a ter o controle sobre a minha vida.

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta e Palestrante




quarta-feira, 22 de janeiro de 2020


O QUE É SUSTENTABILIDADE? O QUE TEM A VER COMIGO?

O conceito da palavra sustentável do latim é de conservar, apoiar, cuidar, defender. O uso sustentável da natureza deve suprir as necessidades do presente sem deixar de cuidá-la para as futuras gerações.
É preciso haver um equilíbrio entre o que se retira e o que volta a crescer na natureza, como florestas, mares, peixes, animais, petróleo e outros. Tendo em vista as gerações futuras, não só explorar hoje e não ter o cuidado e a responsabilidade com o retorno para a natureza de Deus. Assim é com tudo na vida, conosco também, a vida é cíclica.
Na beleza magnífica da natureza é de onde tiramos a energia e a alegria de viver, somos renovados.
É urgente para os seres humanos e para o planeta que cuidemos melhor da nossa morada, estamos correndo o risco de não conseguirmos mais respirar, ter água potável e alimento.
Se tratamos assim a nossa casa planetária, como estamos tratando a nós mesmos? Nosso corpo físico, mental e espiritual?
O mesmo cuidado e sustentabilidade devemos para conosco mesmos. Encontrar a justa medida ou o equilíbrio entre o que é gostoso e o que nos faz bem, ou o que dá um bom resultado.
Parece que o conceito de sustentabilidade está muito em moda, as pessoas procuram por produtos que tenham um selo de sustentável, ou que protegem a natureza, mas será que estamos fazendo a nossa mínima parte? Reciclar, separar o lixo doméstico, não desperdiçar o alimento, economizar água, recolher os detritos do seu cão na rua, ser menos consumista, reutilizar, cuidar dos nossos rios e mares...
O cuidado engloba tudo na nossa existência, quem consegue ter esta consciência macro provavelmente se esforça nos pequenos detalhes do dia a dia, e principalmente consigo mesmo e com o outro.
Viemos de uma fase de muita fartura no planeta, agora se não cuidarmos passaremos por muita escassez, de tudo que esbanjamos.
O cuidado é a relação consigo mesmo, com a criação, com Deus e todos os seres humanos.
Quando meus filhos me dizem que estão muito atarefados ou sobrecarregados de trabalho, logo lhes pergunto: -Você está com o seu armário arrumado? O armário físico simboliza a casa mental, e é muito comum estarmos com a casa física desarrumada e a mental por consequência.
Se estruturamos nosso dia e mantemos a nossa residência organizada, a alma também fica em ordem. Desordem exterior causa caos interior e perda do centro.
Vivemos no ritmo guiados pela natureza, o dia e a noite, luz e escuridão, descanso uma vez por semana. A estações do ano, o inverno que traz o recolhimento na casa aquecida, a primavera, cultivo dos campos, no verão quando o calor é muito intenso se faz uma pausa ao meio-dia, e o outono, tempo de colheita e ação de graças.
Preservemos o planeta para continuarmos tendo a possibilidade de sermos guiados pelo ritmo da natureza e da criação de Deus.
“Precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo” Mahatma Gandhi

Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta Junguiana e Palestrante




domingo, 19 de janeiro de 2020


A JUSTA MEDIDA- AUTOEDUCAÇÃO
Sempre tive vontade de viver ponderadamente, dentro da justa medida, porém encontrar esta medida para cada situação, penso que é uma eterna busca.
Neste ano que passou em uma de minhas andanças, me deparei com um livro intitulado: “A arte de encontrar a medida certa de viver”, autor: Anselm Grun (monge beneditino alemão).
Pensei, que bacana! Encontrei o que sempre procurei, e de fato este livro me abriu um novo leque de reflexões que vou compartilhar um pouquinho aqui.
Tenho falado diversas vezes sobre a necessidade e o dever dos pais de colocar limites nos filhos,porém não é só para eles, temos que vivenciar conosco mesmo nossos próprios limites. Isto nos leva a velha e antiga história: “conheça-te a ti mesmo”, para descobrirmos o nosso limite.
Quem encontrou dentro de si a justa medida possui um conselheiro interior, um médico interior, que faz com que o indivíduo tenha uma vida adequada que o preserva de muitos males e enfermidades.
Por exemplo quando comemos muito, o nosso corpo reclama, dá sinais de peso, de sobrecarga, nos sentimos mal, e aí vem a velha frase: não devia ter comido tanto...
Se vivermos com ponderação e comedimento, não ficaremos esgotados facilmente. Se ultrapassarmos o limite, perdemos energia e ficamos esgotados. A justa medida não é única, ela tem que condizer conosco, é o meu próprio limite.
Tudo que passa da medida gera insatisfação, é a causa de diversos vícios e todo tipo de problemas.
Segundo o filósofo francês contemporâneo Pascal Bruckener, a avidez é uma característica que marca a sociedade de hoje, que é característica do infantilismo que quer ser suprida de tudo sem assumir responsabilidade.
A avidez por novidades e curiosidades é fundamental e boa, mas deve ser disciplinada, comedida, no seu excesso causa desequilíbrio.
Nem a autodepreciação e nem a soberba são equilibradas, passam da medida, são imagens distorcidas de nós mesmos. Se não conseguimos ser os melhores em tudo, reagimos com autodepreciação ou soberba.
Entrar em contato com o nosso eu interior nos torna nós mesmos, por inteiro, sem necessidade de provar algo aos outros ou a nós mesmos. Este é o nosso puro ser que nos possibilita uma profunda experiência de liberdade e paz.
A necessidade de comprar coisas ou roupas caras e de grife é uma compensação da falta de autoestima ou autoamor.
Se tivermos uma imagem própria depreciativa, muitas vezes tendemos a valorizar mais os outros. Achamos-nos incapazes enquanto os outros são muito capazes.
O contrário também é verdadeiro, nos supervalorizamos e depreciamos os outros. O outro é examinado criticamente. Sempre que julgamos os outros estamos julgando a nós mesmos.
A sociedade têm muitas expectativas com relação a nós; o chefe, os colegas de trabalho, os amigos, a família, pai, mãe, entre outros. Se quisermos corresponder a todas estas expectativas entraremos em colapso, esgotamento.
A síndrome de burnout é do esgotamento profissional, com sintomas de exaustão profunda, estresse e esgotamento físico e pode levar a depressão. Burnout significa esgotamento.
É necessário colocar limites nas expectativas do outro. Muitas vezes colocamos exigências desmedidas a nós mesmos para agradar o outro para sermos bem quistos.
O monge beneditino Anselm Grun nos fala da necessidade de períodos de descanso, de não fazer nada mesmo. Chamado de “ócio criativo”, pois quem faz pausas é muito mais criativo do que quem acha que seu desempenho aumentaria se intensificado.
Sentimos necessidade de preencher cada instante de repouso com alguma coisa, e isto leva a ter sempre esgotamento.
Nossas raízes também precisam de alimento na oração e na meditação, no diálogo e na quietude para superar bem o ano.
Marly Ferreira Dejane
Psicóloga, Arteterapeuta e Palestrante.